Praça Francisco Nobre

Praça Francisco Nobre
Santana - Amapá

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Não cerio em mais nada (...)

A sabedoria popular promoveu uma grande alteração na grafia de nomes próprios no município de Santana. É isso aí, o prefeito que era Antonio Nogueira passou a ser chamado Antonio “Nogeira”. O que causa admiração é que as instituições que se destacaram no imaginário popular como instituições sérias, portanto críveis, conseguem enxergar, no prefeito “Nogeira” qualidades que o povo de Santana não vê. O SEBRAE, recentemente concedeu a ele o título de “Prefeito Empreendedor”. Ai meu Deus! Eu penso que eu perdi a noção do que é empreendedorismo. A ABRINQ concedeu ao prefeito “Nogeira” o título de Prefeito Amigo da Criança. Assim eu não sei mais o que é amizade.

O povo de Santana não tem conhecimento de algo tão relevante que credencie o prefeito “Nogeira” a receber tais títulos, aliás, só ficamos sabendo disso por uma vultosa campanha de Publicidade Institucional exaustivamente veiculada na televisão local, para limpar o nome do prefeito “Nogeira”. Não sei se conseguiu.

Qurem mexer nas nossas memórias

O site minhanoticia.ig.com.br publicou no dia 27/04/2008 - 12:25 que o ator Paulo César Pereio está promovendo uma campanha para implodir o Cristo Redentor. Não sei o que esse senhor quer ou pensa, mas acredito que ele está demonstrado que não tem respeito com o povo que o consagrou com um ídolo e como um grande representante da cultura e da dramaturgia brasileira.

Não sei o que ele pensa, não conversei com ele sobre o assunto, mas ele não pode esquecer que muitas vezes ele mesmo declarou-se adepto da democracia e, esta mesma democracia tem como um de seus pressupostos básicos o respeito à vontade da maioria e, como vivemos no maior país católico do mundo dever-se-ia pelo menos respeitar, não a estátua, mas a memória que ela eterniza, afinal Paulo Cesar Pereio, não está imune de um dia um de seus admiradores construir para ele uma estátua que eternizará suas memórias. A humanidade faz assim com todos aqueles que se destacam na arte de liderar multidões: Cristo, Buda, Maomé e outros de menor importância no contexto das multidões mas de importância significativa para seus seguidores.
Por isso Pereio, procure rever essa sua vontade de mexer com um monumento que retrata e eterniza lembranças de um líder que guiou seu povo e que esse povo o aguarda, por isso deseja manter viva sua memória.

Elivaldo Magalhães

sábado, 26 de abril de 2008

Sofistas e demagogos

Por todos os lados pipocam notícias e comentários sobre situações de crise que leva à confusão as mentes de pessoas simples e comuns, por não entenderem o verdadeiro significado dos termos utilizados para definir momentos de evidente complexidade e que ao mesmo tempo servem para esconder decisões espúrias contra os cidadãos em relação aos seus direitos. Mas não causa surpresa tal situação porque conjunturas de crise são endêmicas da humanidade que, aliás, conduzidas e orientadas por representantes dos poderes econômico e político atacam sempre setores mais ou menos importante, conforme seus particulares interesses. O que vem causando preocupação aos observadores é o fato de que, a globalização econômica, política e social criou mecanismos de agilização dos efeitos e instrumentos de produção e gerenciamento de crises em locais e momentos oportunos.
A referência aqui feita aos interesses dos agentes da crise é em função de que tais situações servem para esconder ou disfarçar interesses outros que se manifestam em eventos que se aproximam ou já estão em processo de execução.
A sociedade brasileira presenciou recentemente uma tsunami de escândalos que atiravam pelo ralo do desperdício, da corrupção centenas de bilhões de reais que deveriam chegar ao encontro das necessidades de pessoas que esperam por atendimento médico nas portarias e calçadas de hospitais; saneamento básico na periferia dos pequenos e grandes núcleos urbanos; instrumentalização das escolas públicas que deveriam servir para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH que tanto aparece nos discursos sofistas e demagogos dos políticos que desviaram recursos públicos ou participaram de negociações no Congresso Nacional para proteger políticos corruptos.
Com a aproximação do período eleitoral, várias oportunidades de confirmar presença no poder brotam nas férteis mentes dos políticos criando subterfúgios a serem utilizados para enganar, mais uma vez o pobre eleitor que, não teve oportunidade de trabalho e, conseqüentemente de salário; não teve oportunidade escolar e, conseqüentemente não terá argumentos para se defender das investidas dos ardilosos discursos que invadirão as suas casas e suas mentes provando que eles são honestos e que vão resolver todos os problemas que assolam suas comunidades.
Uma categoria de discurso que invade o cenário político é aquele sobre a Educação. Saiu recentemente o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, cujo resultado não foi satisfatório em nenhum ponto do Território Nacional, mas sem nem mesmo se preocupar em saber quais as causas que levam a tão insuficiente resultado, secretários de Educação se preocuparam em mandar diplomas de reconhecimento aos diretores e servidores das escolas pelo trabalho realizado em favor da formação dos jovens e adolescentes. Nunca se preocuparam em fazer uma visita às escolas; conversar com professores sobre os problemas que afetam os resultados das ações educativas, de onde deveriam surgir recomendações significativas para a tão esperada melhoria da qualidade da educação dos nossos alunos.
Eu particularmente fico doente quando entro em sala de aula, o cenário não é nada agradável. Quarenta alunos em um espaço que foi projetado para vinte e cinco é realmente desestimulante. As carteiras dos alunos ficam literalmente coladas à mesa do professor e, este fica imprensado entre as carteiras dos alunos e a parede que suporta o quadro de giz, impossibilitando que o professor se movimente dentro da sala; não há condições de se proferir um atendimento individualizado a um aluno que necessite desse tipo de atenção porque não há espaço físico nem condições ambientais para que se proceda de forma adequada a esse tipo de atendimento; não há condições de se fazer uma atividade em grupo porque a sala está, de tal maneira, cheia de carteiras e pessoas que qualquer tentativa de organizar grupos de trabalho gera um tumulto tão grade que até se colocar ordem na sala novamente já se perdeu muito tempo.
O Programa Do Livro Didático é outra falácia. Alunos do Ensino Médio não têm acesso ao programa. Não há bibliotecas, o que há nas escolas públicas é verdadeiros depósitos de livros velhos que deveriam atender ao Ensino Fundamental onde os alunos se reúnem para fazer suas pesquisas. Recentemente o governo do Estado enviou para a escola Everaldo Vasconcelos dez computadores, mas não providenciou os equipamentos necessários para a conexão com a Internet. Muito pouco vale porque investir em alta tecnologia sem que se possa usufruir de tudo o que ela pode dar é a prova de que as atitudes randômicas norteiam o sistema e, sendo assim, quaisquer discursos de melhoria da qualidade da Educação pregando a utilização de alta tecnologia é pura demagogia porque conota que o Governo está instrumentalizando a Escola, mas os professores – os vilões – não sabem ou não querem utilizá-la na sua amplitude para atingir a qualidade almejada.
Retornamos ao discurso político, abandona-se o Ensino fundamental para investir no Ensino Médio, porque a clientela deste já vota. Em seguida abandona-se o Ensino Médio em benefício do ensino Superior porque assim se atinge o eleitor nos dois flancos: oferta-se um Ensino Médio de péssima qualidade, mas te oferecemos um Ensino Superior que ficará ao alcance da visão de todos, mas longe das possibilidades de acesso. Quando alguns conseguem acessar logo descobrem que há a necessidade de começar uma grande luta pela melhoria da qualidade. Novamente a “melhoria da tal de qualidade”.


Elivaldo Magalhães

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O erro e o medo de errar

O erro é algo que vem de longe, nos acompanha desde tempos remotos e está diretamente associado ao ato de não fazer a coisa certa, porém ele tem um significado muito mais profundo em nossa vida. Aqui, pretende-se fazer uma análise do conceito da forma como as pessoas, principalmente os adolescentes estudantes do Ensino Médio o encaram e o transformam num fator complicador do processo de construção do conhecimento.
O erro é um substantivo que se origina no verbo errar, do latim errare, que significa “vagar sem destino”; “desviar-se do caminho”, em português significa “deixar de fazer certo”, isso pode ocorrer voluntária ou involuntariamente. São várias as formas de interpretação desse conceito que se apresenta como o descumprimento de normas regimentais; desrespeito a um diploma legal, violação dos direitos de outrem, emissão de juízo de valor que não corresponde à verdade, etc., mas o que mais preocupa os adolescentes é uma combinação do erro com o medo de errar que inibe a tentativa e impossibilita a construção de uma prática que leve ao que se deseja.
O adolescente desenvolve comportamentos variáveis dentro das relações dos grupos que participam. Na sala de aula eles se relacionam de maneira que, a brincadeira, a desorganização, mesmo que involuntários sejam um fator de fixação da personalidade e do respeito dos outros elementos do grupo, e isso faz com que eles não tenham medo de falar, grita dar gargalhadas dentro da sala de aula porque todos os colegas o elogiarão por isso, mas desenvolvem um medo muito grande de uma vaia diante de uma tentativa que resulte num erro. A vaia é uma regra do grupo criada por eles como elemento de fixação de liderança, é muito difícil o professor mudar.
Por isso, as aulas são quase sempre monólogos, os alunos não participam por “medo” do “erro”.
Em educação diz-se que o estímulo provoca a motivação, e esta, a tentativa da qual só poderá vir uma resposta: o erro. Sim porque se você acertar na primeira tentativa, você não aprendeu, só repetiu o que já sabia, mas quando você tenta e erra depois busca novas informações, reformula as bases de interpretação das premissas, reorganiza as idéias, rearticula todos os elementos necessários à reconstrução do juízo de valor e tenta novamente, acertando, aí você aprendeu. Isso eleva o erro ao status de primeiro estágio da aprendizagem e nos dar segurança em afirmar: “quem não erra, não aprende”.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A janela

Dentre os vários significados para o verbete janela há o seguinte: “Designação genérica de abertura ou área aberta”. Logo, ser janela é garantir a abertura necessária para a entrada de algo ou de alguém. Assim, quando se diz que o Rio de Janeiro é a “janela do Brasil”, diz-se: é pelo Rio que entra a cultura, é pelo Rio que entra o turismo, é pelo Rio que entram as novidades que o Brasil importa. Mas o Rio não é só a janela do Brasil para o mundo, também é para o restante do Brasil. A epidemia de dengue é um exemplo de que as autoridades do Rio de Janeiro se descuidaram da janela ou não sabem que “Designação genérica de abertura ou área aberta” é um dos significados desse verbete.
Diante da situação da saúde no Rio de Janeiro, vem à tona uma série de debates quanto à prevenção de situações de alto risco para a população. Quando isso ocorre, as autoridades, a priori, negam os fatos; depois fazem afirmações fantasiosas e por fim culpam o povo. É! ... o culpado é o povo que não limpa os quintais, despeja sacos plásticos e garrafas Pete no lixo etc. Coitado do povo que não criou esses produtos, não é o responsável direto pela regulamentação do uso de materiais industrializados, e nem ganha dinheiro com eles, mas é obrigado a usá-los, pois todos os dias saem toneladas de sacos plásticos e garrafas Pete dos supermercados para as casas do cidadão comum que não tem aonde colocá-los porque os serviços de coleta de lixo não funcionam ou funcionam precariamente.
Mas o problema não está só nos produtos de plástico, há também os de PVC, de fibras e de resinas que compõem os produto de tecnologia de alta rotatividade de consumo que, pela inexistência de legislação que regulamente o descarte desses produtos eles vão acabar nos lixões, nos córregos e nos rios obstruindo o curso d’água provocando inundações e o desenvolvimento de criadouros de parasitas e mosquitos que transmitem as doenças pelas quais o povo acaba sendo responsável.
Os políticos que se omitiram do ato de regulamentar o uso e o descarte desse material são os mesmos que se omitiram do ato de promover a urbanização das áreas habitadas dos grandes centros com a construção obras de arrimo e de saneamento, são exatamente aqueles que aproveitaram a “abertura da janela” para entrar e esqueceram-se de fechá-la. Ah!... mas eles estão prontos para tirarem proveito disso, afinal, no Brasil há uma eleição a cada dois anos, e a desse ano se aproxima.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Assim está Santana



No dia 31 de março de 2008, eu postei um texto intitulado “Como vai Santana?”. Nele eu fiz uma breve referência ao estado atual das das ruas e do Poder Público Municipal. Falei que as ruas estão sujas e esburacadas, mas não mostrei nenhuma fotografia. Penso que isto deve ter deposto contra a credibilidade, tanto minha quanto do Blog. Não que eu queira fazer média agora que percebi o erro, mas porque, naquele momento eu não tinha uma fotografia expressasse exatamente o que estava a comentar. Passei a andar com minha máquina para registrar o que tanto nos preocupa, é óbvio que não farei isso para denegrir a imagem do município, pois procurarei também fotos belas que mostrem o que Santana tem de bom, mas não podemos nos omitir das críticas, pois sabemos que sem elas as pessoas se acomodam e, como queremos mudar vamos usar o veículo que temos para tal.
Não é curioso o que vemos a cima. Quando se fala de tratamento do lixo doméstico, coleta seletiva de lixo etc., a coleta do lixo em Santana ainda nos preocupa por causa disso que vocês estão vendo nas fotos acima. Este fato é flagrado quase que diariamente e ocorre porque os servidores do carro de coleta passam nas ruas retirando o lixo dos coletores domésticos e colocam ao chão para, só muito mais tarde, o carro passar coletando. Cães aproveitam-se da fartura comendo e espalhando lixo na rua. Não quero atirar pedra nos servidores, penso até que eles recebem instruções para agirem dessa maneira. Não é uma crítica destrutiva, é sim, uma crítica que objetiva mostrar algo que só os cidadãos comuns vêm, os políticos não, e não porque eles só trabalham nos gabinetes e quando andam nas ruas, é só nos carrões de vidro tão escuro para que não se conheça quem vai dentro, aí eles passam sem que percebamos suas presenças e ninguém os perturba, mas nós ficaremos atentos.



domingo, 6 de abril de 2008

A essência do bem e do mal

Há muito que eu queria falar sobre um assunto que todos fazem questão de falar sem ao menos se preocuparem se dominam seus fundamentos e pressupostos. Não é meu interesse esgotar o assunto, ou emitir opiniões conclusivas, mas é imperioso que se provoque a sociedade brasileira a refletir sobre o que preocupa as pessoas realmente interessadas em desvelar todos os fatores que contribuem para o grande mal do século XXI – a violência – que aliás, não é um privilégio deste século, a menos que se considere normal crucificar um jovem de 33 anos na Idade Antiga; ou que fosse normal exterminar centenas de civilizações nas Américas, durante a Idade Moderna; ou pensar que fosse normal explorar, escravizar e matar milhões de negros africanos arrancados à força de suas terras para produzirem riquezas e depois serem descartados e mortos por seus “senhores”.

À luz do meu entendimento, o conceito antecede a ação. Nessa ótica, é mister conhecer profundamente o conceito antes de agir, mas a mim parece que os tecnocratas de plantão não estão preocupados com a conceituação, com os fundamentos e com os princípios que deverão orientar as práticas vindouras. Por isso, quando se tratar de violências é fundamental fazer uma reflexão profunda para que se garanta a eficácia da ação. A análise do conceito de violência não requer muita habilidade acadêmico-cientifica, basta consultar o dicionário Aurélio que veremos vários significados para o verbete, como segue: violência – qualidade de violento; ato violento; ato de violentar. Tudo isso diz respeito ao ato de violar e este, segundo o mesmo Aurélio quer dizer: ofender com violência; infringir, transgredir; forçar a virgindade de; desflorar; deflorar; violentar; profanar;conspurcar; divulgar, revelar de modo alusivo.

Diante do exposto, o conceito de violência é muito mais amplo do que o que se prega e se combate, talvez por isso, não se tem conseguido sucesso na luta, mas talvez para não clarificar a violência pública e política se concentra a divulgação do conceito de violência urbana desviando a atenção do povo da pior de todas as violências “a violência institucional”

Há muito eu ouço de políticos e de especialistas planos de combate à violência, mas a cada plano executado a violência explode nas ruas, becos e praças. Às vezes me vejo a pensar que eles preferem “quanto pior melhor” porque não se vê clareza nas propostas e nas idéias dessa gente.

Na minha escola eu enfrento, a cada dia, situações que me conduzem a reflexões profundas sobre o combate à violência, sempre me perdia porque eu ficava a pensar em todas formas de violência, parecendo que para cada uma delas deveria haver uma solução diferente. Procurei então encontrar uma resposta genérica que fosse eficaz no combate à violência e não uma para cada especificidade. Foram anos incansáveis de reflexão. Certo dia assistia a uma entrevista de Ariano Suassuna que nela expressou o seguinte:

“Para Descartes, o que distingue o homem dos outros animais é a razão! Para mim o que distingue o homem dos outros animais é a capacidade de discernimento entre o bem e o mal! É por isso que o homem é ladrão, assassino e bandido, mas é por isso também que o homem escreveu Hamelt.”

Ora, o que disse Suassuna é a mesma coisa que dissera Descartes, a diferença é que um falou filosoficamente, o outro poeticamente, portanto mais acessível ao entendimento do cidadão comum. Então vamos interpretar a premissa do ponto de vista do cidadão comum: se o homem é ladrão, assassino e bandido, é porque ele é mal; se ele é capaz de fazer maravilhas com Hamelet, é porque ele é bom. Então há dentro do homem duas essências: a do bem e a do mal. Destacar-se-á aquela que for mais estimulada. Então concluímos que se estimularmos o bem o homem será bom; se estimularmos o mal o homem será mal.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cem anos de via e de realizações

Santana estará em festa no dia 06 de abril de 2008, quando a família Silva Figueira estará comemorando o centésimo aniversário de dona JOSEFA DA SILVA FIGUEIRA que recepcionará seus convidados em uma cerimonia comemorativa na sede do SINCOVAVA às 17h00.

A equipe do cidadedesantana.blogspot.com parabeniza a família e, especialmente a dona "Zefa", como sempre foi tratada com carinhos por familiares e amigos, afinal, passaram-se "100 anos" e nós estamos aqui com a senhora e orgulhosos das sábias lições de vida que a senhora sempre nos deu.

Feliz Aniversário Dona ZEFA!