Bem amigos do Cidade de Santana, peço-lhes desculpas por ter passado muito tempo sem postar, as causas são muito particulares de cunho estritamente pessoal, mas o importante é que eu estou de volta e com um tema bastante polêmico. Vejam o tamanho do conflito.
Há pouco tempo que vimos o Brasil abafar com a promulgação da Lei Seca ou de tolerância "0". Aquela que não permite que motoristas dirijam embriagados. Poucos dias depois os meios de comunicação anunciaram os resultados positivos da Lei: redução dos níveis de acidentes nas estradas, e até nas ruas dos grandes e pequenos centros urbanos; a redução dos atendimentos de urgências nos prontos socorros; a redução dos níveis de gastos com o tratamento de acidentados... e uma porção de resultados positivos. Logo depois começaram a chegar as reclamações. Primeiro dos donos de bares, restaurantes e similares alegando queda no faturamento que chegou a resultar até em demissões no setor. Alguns colegas com os quais eu conversei, chegaram comentar que entendiam que o caso era muito grave para se pensar na questão financeira ... "pensar em dinheiro quando está em jogo uma política de salvamento de vidas"? Eu confesso que em questões pontuais cheguei a pensar assim também, mas fui um pouco mais além. Considerando que no Brasil não há a cultura de "doação de órgão", a fonte mais abundante de órgão para transplante são os acidentes de trânsito que teve sua profusão reduzida.
Isto não é uma apologia à irresponsabilidade de dirigir embriagado, mas é a preocupação de um filósofo contemporâneo que entende a necessidade de convivermos com a série de conflitos resultantes das ações do homem. Não é o homem que produz o álcool? Não é o homem que produz os carros e constrói as auto-estradas? Não é o governo que precisa dos impostos e pedágios cobrados dos usuários e consumidores? Não é o governo que depende da morte muitos brasileiros anônimos para a sobrevivências dos privilegiados do planalto?
Se for assim, precisamos aprender a lidar com os nossos conflitos.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Temos que aprender a tirar proveito dos conflitos de idéias
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